A infertilidade é um desafio enfrentado por muitos casais que desejam ter filhos. Trata-se de uma questão que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode ter diversas causas, como idade avançada, fatores genéticos, doenças hormonais, obstrução das trompas, doenças do útero, infertilidade no homem entre outros.
Quando os casais não conseguem engravidar naturalmente após um período de tentativas, podem recorrer à reprodução humana assistida como opção de tratamento. E felizmente, avanços na medicina reprodutiva têm possibilitado o diagnóstico e tratamento eficazes para ajudar estas famílias a realizarem o sonho do seu bebê.
Como diagnosticar a infertilidade do casal:
A infertilidade conjugal é a incapacidade de um casal engravidar após o período de 12 meses com relações sexuais desprotegidas de métodos contraceptivos em mulheres até 35 anos, entre 35 a 39 anos considera apenas 6 meses e a partir de 40 anos deve procurar ajuda imediata de um especialista. Considera-se infertilidade primária a queixa de casais que nunca tiveram filhos e infertilidade secundária quando o casal já tem filhos, porém encontra dificuldade para engravidar novamente.
Na avaliação da infertilidade conjugal tanto o potencial feminino como o masculino devem ser igualmente investigados pelo médico-assistente.
A prevalência de infertilidade nos casais, segundo dados atuais da OMS (organização mundial da saúde) é 16,6%, ou seja, um em cada seis casais são inférteis. Esses dados estão de comum com as novas práticas de estilo de vida da mulher moderna que, cada vez mais, opta por ter filhos em idade cada vez mais avançada.
Epidemiologia
Aproximadamente 84% dos casais engravidam no primeiro ano de tentativas. Portanto, cerca de 16% dos homens e mulheres em idade reprodutiva irão, em algum momento, procurar auxílio médico para a busca da fertilidade. Contudo, pessoas com idades mais avançadas apresentam um potencial biológico menor de gravidez natural, visto que possuem quantidade e qualidade diminuída dos óvulos.
Diagnóstico de infertilidade: fator feminino
A investigação essencial do potencial reprodutivo feminino pode ser realizada, na maioria das mulheres, dentro de um único ciclo menstrual. Isso gera um dinamismo maior na avaliação clínica e uma consequente redução da ansiedade e do estresse conjugal. A paciente não deve estar em uso de medicamentos que levem a alterações hormonais. A citopatologia de colo uterino precisa estar sempre atualizada. O exame físico feminino e ginecológico pode trazer informações úteis, mas os testes complementares são imprescindíveis para uma correta avaliação.
Exames mais solicitados:
Diagnóstico de infertilidade no homem
Cerca de 40% dos casos de infertilidade conjugal são causados pelo fator masculino, que tem a varicocele como causa mais frequente. A avaliação tem o objetivo de excluir condições que sejam potencialmente tratáveis, como deficiências hormonais, alterações anatômicas obstrutivas ou doenças congênitas e/ou adquiridas, e identificar aqueles homens que necessitam de tecnologias de reprodução assistida para engravidar suas parceiras. Ao contrário do que ocorre na mulher, os detalhes obtidos no exame físico masculino trazem informações mais objetivas quanto ao potencial reprodutivo. Presença de varicocele importante, testículos atróficos ou ectópicos e ausência dos ductos deferentes são alterações que frequentemente cursam com redução do potencial fértil natural.
Exames: Espermograma, perfil hormonal, ultrassom de bolsa escrotal, avaliação genética e fragmentação do DNA espermático.
Referências bibliográficas
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